Good timing
E o vento soprou-me dentro e fora da terra enquanto fecho os olhos nas luzes desta cidade sonhada. Desejada. Procurada. Chorada. Nunca nossa. Agora e eternamente minha.
Em poucos segundos o meu corpo ergue-se no meio dos restantes à voz de um Barman sombrio, de cigarro ao canto da boca e copo de cerveja em riste enquanto as luzes lhe desenham as palavras entre o fumo.
Não estou só. Eu nunca estou só... Trago em mim todos os despertares de uma nova vida e do meu peito nasce um deus inegualável, enquanto algo imenso brota por cada poro ao compasso das notas que me chegam.
Ouço-o dizer em tom baixo, "Nothing really ends", mesmo antes de se virar para uma multidão em extâse, que quer tudo menos deprimir-se, «We're gonna play something slow ok?!»
Como se os dEUS precisassem de autorização para monopolizar almas que lhes estão a ser entregues de livre vontade, mas sim... fica-lhe bem esta pequena delicadeza.
Surpreendo-me, ao contrário da música tenho a perfeita noção que há coisas que chegam ao fim. Este é o exacto momento em que, dentro de mim, o inevitável acontece. Levanto os olhos para o palco, sorrio e canto.
Estou feliz. Melhor que isso... sinto-me feliz, é essa a particularidade que a música tem em mim. Já o senti centenas de vezes, no entanto parece-me sempre a primeira.
Sinto-me tão magna como a sala em que me encontro e se tivesse asas neste momento era capaz de voar para onde quer que o vento me levasse mas... pela primeira vez, não há nenhum outro local onde eu queira estar sem ser aqui.
Em poucos segundos o meu corpo ergue-se no meio dos restantes à voz de um Barman sombrio, de cigarro ao canto da boca e copo de cerveja em riste enquanto as luzes lhe desenham as palavras entre o fumo.
Não estou só. Eu nunca estou só... Trago em mim todos os despertares de uma nova vida e do meu peito nasce um deus inegualável, enquanto algo imenso brota por cada poro ao compasso das notas que me chegam.
Ouço-o dizer em tom baixo, "Nothing really ends", mesmo antes de se virar para uma multidão em extâse, que quer tudo menos deprimir-se, «We're gonna play something slow ok?!»
Como se os dEUS precisassem de autorização para monopolizar almas que lhes estão a ser entregues de livre vontade, mas sim... fica-lhe bem esta pequena delicadeza.
Surpreendo-me, ao contrário da música tenho a perfeita noção que há coisas que chegam ao fim. Este é o exacto momento em que, dentro de mim, o inevitável acontece. Levanto os olhos para o palco, sorrio e canto.
Estou feliz. Melhor que isso... sinto-me feliz, é essa a particularidade que a música tem em mim. Já o senti centenas de vezes, no entanto parece-me sempre a primeira.
Sinto-me tão magna como a sala em que me encontro e se tivesse asas neste momento era capaz de voar para onde quer que o vento me levasse mas... pela primeira vez, não há nenhum outro local onde eu queira estar sem ser aqui.
3 Comments:
Quem é que só tem boas ideias, hã?! ;-)
Ainda bem que gostaste. Fico feliz por ter contribuído, ainda que só um bocadinho, para que te sentisses feliz.
Só tenho pena de não ter partilhado o momento contigo. Teria sido bem melhor, acredita! :)
Beijo...
Adere ao BAR. É só enviares mail para o nosso correio (se tenho o teu mail, não encontro).
Abraço lusitano!
P. S. Vê se convences o The Poisonous... já soube do pai dele, etc... :/
Klatuu Niktos, Lord of Erewhon
(...)
noite funcionada a furos de ouro fundido,
combustível, comburente,
inexcedível
(...)
herberto helder
for my friend
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