Frase chave do antes, durante e após

« Ninguém acorda e tem uma epifania!»

por Colher de Chá

Now there is night. Now there is rain and it will not wash what i've become. Now there's something that bare hands will not be able to keep away from the thin glass that burns my thoughts. More or less... who cares if it's there? Who cares about little candles that shine on endless nights? Do i care if i'm real or is this just a game in my reality ?

« Frase: “Já tens planos para o passado?”

Novembro as horas do teu coração batem no relógio da eternidade do etéreo na máscara da identidade que não existe aguento o tempo que nos resta nas mãos nos dedos nos pulsos sem relógio anda amor nas costas do cavalo de sangue reflexo espelho vítreo são apenas dias em Novembro as horas do teu coração batem no relógio do tempo de olhar as montras desta dor já sem tempo anda amor nas costas do cavalo de sangue reflectido no rio que corre reflexo e disperso já sem verso anda amor nas costas do cavalo de sangue em Novembro as horas do teu coração batem no relógio da identidade que morre no início e descobre que é a vida no fim outra vez e por fim anda amor nas costas do cavalo de sangue na crina no dorso no ventre anda amor nas costas do cavalo de sangue é Novembro e é Novembro batem as horas no teu coração. »

por RMM

Já não se escrevem as palavras sobre a memória do fio vermelho. O Tejo cheira-te os cabelos longe do toque das mãos vazias que recordam o calor das lágrimas de ti. Por um único momento repousas o dorso, em dor, sacudido, na dor, de te saberes ali à distância de milhares de faces.

Choraagorasenteagoragritaagorarecusaoamanhãnaesperançadamissiva

quetefaráquererficar.

Pára. Pensa. Acende um cigarro. Pára. Pensa. Torna-te funcional. Pára. Pensa. Não podes prever como irás acordar na mudança de Setembro para Outubro, mas soubesses tu que os anos chegam ao fim mais rápido do que tu te conseguirás libertar da ausência de Novembro, que a dor que sucede à de antes intensifica o degelo das recordações, que o tu não és tu apenas um pálido fragmento do que um dia sonhaste ser. Uma imagem projectada num futuro inexistente que podes começar a escrever agora.

Pára. Pensa. Em quantos sonhos não dormiste enquanto o mundo te chamava?

«does it matter when somebody dies, the government is spying on you and a little goat was born
at the same time
meanwhile Dave found God
at 4.53 pm on a Tuesday afternoon, somewhere around October
does it matter if you have money
does it matter when you kill somebody
does it matter when the bill did not pass
does it matter that they got married
does it matter that your mother does not speak to you
does it matter that your father does not speak to you, anymore
does it matter when women write about cars and men write about solitude
does it matter if you don’t answer
does it matter when you don’t call back
does it matter when somebody hughs you
does it matter when somebody says ‘Hi!’
does it matter when you are hungry
or
does it matter that there is hunger in the world
does it matter that ‘American interests’ are not your interests?
does it matter that everybody you know has an addiction problem
does it matter that your addiction is worse than mine
does it matter if you do not that behind the white line
does it matter to be shut on the head or does it matter to shoot yourself on the leg

does it matter when its raining
does it matter if you don’t put enough sunscream
enough there is scream under the sun and sun under our screams
does it matter when responsibility is too much for you
does it matter to make the wrong choices
does it matter to matter
does it matter to not regret
does it matter to be satisfied
does it matter to go on a point diet
does it matter that Hillary loves diet coke
does it matter that coke loves Bill
does it matter to mention little thoughts
or little details
or little nipples
or little house in the prairie
or little would we know that some seconds
contain centuries of human tragedy
and some years little seconds do not matter
for the matter of the fact or the better of fiction
does it matter»

por Sandra Guerreiro