quarta-feira, janeiro 11, 2006

This is not a bedtime story

No meio da noite, o trémulo bater das asas da libélula chegou até ela carregando toda a tristeza... Como sempre, noite após noite, sentou-se em frente ao espelho e penteou mil vezes o cabelo. Em seguida, delicadamente colocou a escova em cima da mesa, ergueu o olhar e não se viu. Continuou o ritual. Caminhar para cama, desnudar o corpo para languidamente serpentear pelos lençóis. Repousando calmamente a cabeça na almofada, preparou-se para olhar o céu, a única coisa que partilha neste momento contigo. O mesmo céu... Não tardou a fazer-se sentir a tua falta, o lugar vago ao seu lado para todo o sempre ocupado. Parece que consegues ter a presença de uma multidão.
Quem te disse que ela não vive? Quem te gritou que ela te ama? Conta-me quem te desvendou o segredo, juro que não lhe direi...

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

fdx todos os dias faço o mesmo ritual que esta descrito no texto!
pentear os cabelos e lentamente ir para a cama para depois ficar toda a noite acordada a divagar por um certo alguem k teima em se esconder!!!talvez isto seja o meu sinal de desistencia....a divagaçao nao traz felicidade!

12/1/06 08:24  
Blogger EyeOfHorus said...

Linda RIP, uma vez disseste que os capricórnios não desistem. Não te esqueças disso!!!

12/1/06 11:12  
Anonymous Anónimo said...

Estou sem palavras! Não podes imaginar o quanto esta tua história me tocou. "desnudar o corpo para SERPENTEAR pelos lençóis"!!! - Brutal!!....
Haja melancolia!
Kisses,
a moonspell baby

12/1/06 11:54  
Blogger EyeOfHorus said...

Meu grande amigo "Moonspell baby", sim já é uma bela amizade, obrigada pelas tuas palavras que afagam a triste "tinta" com que pinto nesta página.
Sim!Haja melancolia, essa eterna companheira daqueles que anseiam pelo que há-de vir, sem saber na realidade o que os espera.

12/1/06 13:23  
Blogger Winterdarkness said...

Mesmo quando durmo a minha mente vagueia confusa por sonhos e mais sonhos... Já não sei se é mehlor dormir ou ficar acordada, é tudo tão sem cor!

13/1/06 08:01  

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