Sem máscara
I've crossed oceans of time... Now, look me in the eyes. What do you see?
Antes de tudo e depois do tempo lê-me... Decifra os contornos das palavras que deito no vento, fecha os olhos o mais que puderes e sente-me as mãos. O fogo debaixo da pele. O meu negro envolvendo a tua chama, azul.
Depois do nada venho eu... O mar escalou-me o corpo, respondendo às preces de outrora e agora não consigo ver. A água invade-me rasgando a pele, o sal jorra dos meus olhos e eu... eu continuo a ser o nada, as palavras-vento que te chegam em sussurros, os braços que dançam à tua volta sem te tocar, o caminho que trilhas e não te foge, o sangue com que escrevo o teu nome sem doer...
Ainda que triste, sorrio nesta cidade onde o sol já não aquece a alma e as folhas caem assinalando a vida. Espero-te aqui, sem promessas, sem querer mais do que o tempo te permite. Ainda assim o meu eu espera-te.
Trago as tuas palavras guardadas no meu cabelo e sinto-as....
4 Comments:
Andei às voltas,
às voltas,
às voltas....
daqui para ali e dali para aqui.
cheguei mais uma vez
aqui.
Há uma linha igual de pensamento; é diferente, é quase simétrica, mas dentro de tudo o que escrevo mais a sério, ou mais de dentro
[fora as parvoíces]
há uma linha.
Consegues ver? E consegues senti-la?
A máscara que esconde uma máscara que esconde outra e outra, tais são as camadas, como se de uma cebola se tratasse....... conheço bem as tuas camadas, finas, finíssimas, milhentas, suaves... estás a ver uma cebola?, e é no doce arrancar e desfolhar dessas ténues e finas camadas que surgem as lágrimas que te lavam o rosto, que purificam a tua alma.
Imensa.
Esquece o vazio.
Somos feitos de tudo: trazemos as perguntas e as respostas dentro de nós. Não te esqueças de nunca arrancar a última camada: é ela que te protege.... como uma máscara.... como uma capa.
Mil Beijos
bonito...
bjus cravejados de escuridão...
Ai mulher.... tu posta posta posta (não mirandesa) que daqui a pouco é Carnaval e tu ainda de máscara pronta.
___________ fui ao Blog daquele que afirmas ser a vergonha da tua cara [é mesmo, o rapaz deixa-me triste pois não lê o que lá deixo]
___________ e voltei aqui só para te dizer que há um estudo nos EUA que refere que a utilização de máscaras pode ser contraproducente nas horas em que mais queremos esconder o que temos a ocultar.................. pois é.
Parece que quando colocamos uma máscara, ela atinge um grau de afeição tal que se cola à pele,ao cabelo, às palavras, ao riso, às lágrimas, às lâminas de sentimentos feitas......
.......... e depois há o tempo minha querida.... o Tempo que não existe.
o Tempo somos nós!
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[desculpa lá aquela saída abrupta do MSN mas valores mais altos se levantaram naquele momento, nomeadamente uma onda súbita de mau feitio que se apoderou do meu corpo de alternativa -sim, que eu tenho uma gótica aprisionada num corpo de alternativa]
Mil beijos
Às vezes penso que a "máscara" é essencial para a nossa sobrevivência; tb cansa sermos nós próprios por vezes... Abraço forte!
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