quarta-feira, outubro 24, 2007

"Fora"

Esperimenta. Saboreia, um pouco.
Gostas? Toma um gole maior.
Como te sentes?
Agora, fecha os olhos.
Penteia o teu cabelo, devagar... isso, com muita calma, continua a pentear-te até que fique um manto de seda em que os teus olhos se possam esconder.
Agora bebe mais um pouco.
Já começaste a esquecer? Ainda te consegues mover? Ainda consegues falar?
Esquece-te. Esqueceram-te. Esquece-te. Esquece. Por hoje.
HOJE 100% de ti esvai-se para um sítio que não conheces mas amanhã voltarás, descansa... amanhã voltarás.
Abre a boca.
100mg disto para o teu organismo não te rejeitar, 15mg daquilo para o teu cérebro não se perder, 80mg de xpto para te manteres acordada e acreditares que o mundo é um sítio melhor e 2mg de pózinhos de perlimpimpim para que os Endless te velem o sono e não o idiota do Peter Pan mais a estúpida Sininho.
Eles não sabem pois não, minha querida?
Não! Eles não sabem que todas as noites deixas a janela aberta e os demónios entram para te encher de luz.




4 Comments:

Blogger Hermengarda said...

Este comentário foi removido pelo autor.

24/10/07 13:05  
Blogger Hermengarda said...

Experimenta fechar a janela, querida.
Pode ser que consigas sossegar e ter um sono mais descansado...
Luz, só pela manhã.

Beijo

24/10/07 13:07  
Anonymous Anónimo said...

Ao ler um pouco do que tens escrito chego á conclusão que para ti o mundo é uma realidade que te confrange, e no qual não te enquandras. Não desesperes pois por vezes as coisas não correm como desejamos, mas acredita que mais cedo ou mais tarde algo acaba por acontecer que dissipa tudo o que queriamos esquecer. É como um renascer das cinzas ... algo do qual já estás habituada.

beijo com ternura

the last but not the list

1/11/07 15:24  
Blogger EyeOfHorus said...

The Last but not the list, conheces-me tão bem... tenho saudades de quando passava todos os dias pela tua porta, de quando transpunha a tua porta todos os dias, tenho saudades de mim naqueles dias, de nós naquelas noites, dos sorrisos daquele pequeno pedaço de ti, na altura éramos três.
Vocês eram o momento de equilíbrio do meu dia, todos os dias.
Hoje já não passo todos os dias à tua porta, assim como também não transponho a tua porta todos os dias. Hoje já não somos só três, hoje somos mais, os teus lindos mais e eu. Tenho saudades do equilíbrio, mas sabes que neste momento não posso e não quero que o ZD olhe para mim como daquela vez.
O problema nunca foi o renascer, mas sim o local de onde me volto a erguer.
Beijo enorme

P.S. Sabes o que acho impressionante? Tu, a seguir à minha avó, foste quem sempre me conseguiu ler melhor ainda que agora estejamos "mais distantes".

2/11/07 14:42  

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