O caír do véu
Tinha o texto praticamente estudado quando aqui cheguei. Sei que não devia estar aqui, mas a bebedeira dá para isto. Sim! Estou um pouco, para não dizer demais, "bebida". Se gosto? Não o sei dizer, simplesmente calhou. Tive tudo para estar em mil e quinhentos lugares neste momento mas não estou, preferi ficar aqui. Já passei por ruas que não devia ter passado, já fiz demasiadas curvas em contra-mão, não só literalmente como fisicamente, mas é aqui que estou! Quem me conhece sabe que infringi uma suposta "lei", mas eu sou assim, não sei ser politicamente correcta e leis ... bem, nem todas são comigo. Sigo aquelas que me parecem exequíveis ou que se encaixam no meu padrão de vida. Uma vida que escolhi para mim e que não sei onde me vai levar. Sinceramente? Nem quero saber! Acho que ainda não estou cá, aqui, neste lugar, neste espaço de tempo, mas também, este tempo não é meu, esta vida não é minha, não a pedi, não A QUERO!!!!!!!!!!!!!!!!!
Será assim tão difícil perceber que podemos optar por estar onde queremos estar? Vivemos demasiados momentos em prol de algo que ninguém explica. Mas certamente que a crença de que faz sentido se mantém. Desempenhamos demasiados papeis, já fui princesa, mãe, prostituta, vilã ou simplesmente nada. Para chegar onde?! A um único e simples lugar, AQUELE! Para chegar a tua casa. Casa de telhado de cabelo negro, janelas verdes, portas brancas, com fechadura ziper de vinyl. Tu! Sim tu! Tu que ontem olhaste como se visses através e sabes que isso doeu. Tu que foste um Tu que deixou de o ser, passaste a ser uma foto dentro de uma mera caixa de sapatos. Tu que deste lugar a um outro Tu dentro de um computador, dentro de uma vida vazia sem nada mais para dizer ou dar. Consegues olhar-me agora? Pensa bem, não é um espectáculo lindo de se ver.... Agora que as minhas mãos estão atadas vens pedir-me para viver na esperança de que um dia... um dia seja algo de grande. Ouve... Sim OUVE-ME!!!!!!! Eu não sou grande, se me visses agora verias um EU muito pequeno a pedir o colo da mãe, um rosto de linhas negras que clama por um simples olhar, não é disso que andamos todos à procura? Um olhar que nos afague? Achas normal que tenha que me controlar para não me esvaír em prantos? Achas normal que nunca mostre o quão frágil que sou? Entras quando queres e deixas a "casa" toda desarrumada, e eu? Onde fico no meio de tudo isso????
Será assim tão difícil perceber que podemos optar por estar onde queremos estar? Vivemos demasiados momentos em prol de algo que ninguém explica. Mas certamente que a crença de que faz sentido se mantém. Desempenhamos demasiados papeis, já fui princesa, mãe, prostituta, vilã ou simplesmente nada. Para chegar onde?! A um único e simples lugar, AQUELE! Para chegar a tua casa. Casa de telhado de cabelo negro, janelas verdes, portas brancas, com fechadura ziper de vinyl. Tu! Sim tu! Tu que ontem olhaste como se visses através e sabes que isso doeu. Tu que foste um Tu que deixou de o ser, passaste a ser uma foto dentro de uma mera caixa de sapatos. Tu que deste lugar a um outro Tu dentro de um computador, dentro de uma vida vazia sem nada mais para dizer ou dar. Consegues olhar-me agora? Pensa bem, não é um espectáculo lindo de se ver.... Agora que as minhas mãos estão atadas vens pedir-me para viver na esperança de que um dia... um dia seja algo de grande. Ouve... Sim OUVE-ME!!!!!!! Eu não sou grande, se me visses agora verias um EU muito pequeno a pedir o colo da mãe, um rosto de linhas negras que clama por um simples olhar, não é disso que andamos todos à procura? Um olhar que nos afague? Achas normal que tenha que me controlar para não me esvaír em prantos? Achas normal que nunca mostre o quão frágil que sou? Entras quando queres e deixas a "casa" toda desarrumada, e eu? Onde fico no meio de tudo isso????