quinta-feira, outubro 30, 2008

30 graus

Lá fora chove e a minha casa cheira a baunilha.
Em dias como o de hoje se o mundo fosse uma maçã, nem precisava de uma serpente que me tentasse, era capaz de engoli-lo com uma só dentada. Onde é que está o sentido disto?
Em tudo. É uma questão de ponto de vista, é a regra dos 30 graus! Quando ocorre uma mudança (isto aligeirando um bocado a coisa e não sendo demasiado técnica porque não vou dissertar sobre televisão e cinema) é necessário que o que vem a seguir acrescente informação, lá está! Um bocado mais para a esquerda ou mais para a direita, mas é uma questão de mudar o ponto de vista e esticar o eyeliner um bocadinho mais.

A ouvir Dance With Me - Nouvelle Vague

segunda-feira, outubro 20, 2008

Good timing

E o vento soprou-me dentro e fora da terra enquanto fecho os olhos nas luzes desta cidade sonhada. Desejada. Procurada. Chorada. Nunca nossa. Agora e eternamente minha.
Em poucos segundos o meu corpo ergue-se no meio dos restantes à voz de um Barman sombrio, de cigarro ao canto da boca e copo de cerveja em riste enquanto as luzes lhe desenham as palavras entre o fumo.
Não estou só. Eu nunca estou só... Trago em mim todos os despertares de uma nova vida e do meu peito nasce um deus inegualável, enquanto algo imenso brota por cada poro ao compasso das notas que me chegam.
Ouço-o dizer em tom baixo, "Nothing really ends", mesmo antes de se virar para uma multidão em extâse, que quer tudo menos deprimir-se, «We're gonna play something slow ok?!»
Como se os dEUS precisassem de autorização para monopolizar almas que lhes estão a ser entregues de livre vontade, mas sim... fica-lhe bem esta pequena delicadeza.
Surpreendo-me, ao contrário da música tenho a perfeita noção que há coisas que chegam ao fim. Este é o exacto momento em que, dentro de mim, o inevitável acontece. Levanto os olhos para o palco, sorrio e canto.
Estou feliz. Melhor que isso... sinto-me feliz, é essa a particularidade que a música tem em mim. Já o senti centenas de vezes, no entanto parece-me sempre a primeira.
Sinto-me tão magna como a sala em que me encontro e se tivesse asas neste momento era capaz de voar para onde quer que o vento me levasse mas... pela primeira vez, não há nenhum outro local onde eu queira estar sem ser aqui.

sexta-feira, outubro 10, 2008

(in) Sanity ;)

domingo, outubro 05, 2008

For my demons

"O mundo acaba amanhã"

Xiuuu... O meu mundo já acabou em outros tempos. Agora vou fechar os olhos enquanto as tuas mãos enlaçam o meu pescoço, os meus dedos mergulham nos teus cabelos e assassinamos a saudade.









P.S. Ohne dich kann icht nicht sein