Até...
Não consigo deixar de contar o tempo, o tempo que falta para que a tua cidade me acolha, o tempo que resta até que me julgues.
Nas tuas mãos um admirável mundo por sentir, nas tuas palavras a espada que pende sobre mim.
Corro para ti como se fosses a única salvação possível de todos os pecados que anseio cometer. Espero que me acolhas quando te acordar, quando felinamente cobrir o teu corpo com o meu, quando as minhas mãos te sugarem para mais perto.
Quero um momento visceral em que tudo seja possível de sentir. SodomaGeloSangueFogoSilêncioMorteÉden.
Quero ouvir os chacais que esperam pelo meu arfante tombar. Quero que a noite invada o leito. Quero que sintas mil mãos em ti. Quero o mundo num momento.
Depois... quero que me vistas o vestido negro de noiva jamais reclamada e que deixes que as cinzas me cubram no esquecimento dos dias que não foram vividos.
9 Comments:
L I N D O O O O O.
Que belo requiem de sedução este o teu.
O teu texto é honesto, genuíno e profundo (atributos aos quais, aliás, já me habituaste e que me têm feito vir aqui deixar alguma pele). Não contes tanto o tempo minha amiga - deixa que o tempo te conte a ti. Com um querer desses triunfarás com certeza e a espada que ora pende sobre ti, serás tu a empunhá-la.
Agora, olha o que descobri ao ler o Brave New World:
"Hug me till you drug me, honey;
Kiss me till I'm in a coma:
Hug me, honey, snuggly bunny;
Love's as good as 'soma'"
(A. Huxley)
Nem calculas o orgulho que senti quando, ao ler estes versos, me lembrei de que os Tiamat têm uma música intitulada "Love's as good as 'soma'"! (O álbum chama-se "Judas Christ", mas não te preocupes que em breve o terás nessas tuas garras "felinas"!) É o que eu digo (e acho que não estou sozinho): o Metal é talvez o género musical que mais influências da literatura recebe. Ele é Shakespeare, Milton, Cesariny, Dumas, enfim, an endless list!
Beijoca,
A Voz da Serpente (vulgo Moonspell baby)
Sodoma? Ó minha amiga...
:)
Um destes dias apareço para um chá.
Do preto passei ao vermelho.
Gosto das marcas que deixa no lenço de papel. Do aroma.
Trocaremos confidências em forma de poesia inacabada...
simplesmente... lindo! Deixa o tempo passar...
muito bonito o teu poema.
espero que sejas bem acolhida nesse mundo que anseias...
um beijo
luna
fdx muda te para ca k nos ja temos saudades:P
Gosto do teu blog, comsegue ser quente!
Mas este comentário tem mais a ver com uma visita cordial do que qualquer outra coisa...
Vitó @ tropical há 10 minutos atrás!
Eye of Horus:
Não consegui resistir, esta é de mim para ti:
Diabolique - "Absinthe"
take this down ca 1993
grey dusk envelops the dying stream
failing yet holding sway
slowly going away
grind me down, into the ground
down again, when i drown
i've failed again
absinthe always this way
absinthe my loveless angel
shaking nervously with intenser days
the pissant drags a bloody soul away
building beds out of flesh
rotting time, an empty caress
grind me down, into the ground
down again, when i drown
i've failed again
absinthe always this way
absinthe my loveless angel
a long way to go when chained to the earth
yesterday was mourning today's a brighter dirge
KISSES, MOONSPELL BABY
aka:
Voz da Serpente
The S.
S (hole)
João Nery
(sea u )
Querido "Moonspell Baby"! Só tu para me fazeres sorrir. Como prometi, essa foi a primeira musica que ouvi mal entrei no meu quarto.
E sim! Á música é fabulosa! Qualquer dia acompanho-te numa das tuas incursões com a "Fada Verde".
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