segunda-feira, maio 08, 2006

Let the games begin II

"no papel, as palavras escondidas, as nuvens.
dizes não posso ser o mundo hoje, esqueces que
tu és o mundo. dizes não posso, e eu gostava que
soubesses sempre que um lamento dentro de mim
te repete. abro o papel dobrado e abro a noite
no céu. as árvores são distantes, as palavras
e talvez a música, a terra é distante no
papel dobrado que me entregas escondido
na mão."
José Luís Peixoto in A Criança Em Ruínas





Arena limpa e alisada.
Armadura despida e mãos nuas.
Silêncio quebrado em mil pedacinhos.
Portas faraónicas.
A vida apostada na roleta parada, que espera o bater das asas da borboleta.
Escuta! Terramoto?! Ainda não.
Aguardemos pelo momento crucial, em que a luz corta o escuro quando a porta se abre.
Espero-te pelo tempo limitado a milhares de existências ou então deixa-me afogar em ti. Sempre em ti... mesmo quando não estás.